Impacto tributário fica para o próximo ano, aponta especialista – 04/01/2012

O impacto tributário não deverá ser reduzido neste ano, por conta de algumas medidas tomadas pelo governo. “Se o governo não tomar cuidado, redução do consumo impactando na empregabilidade e na evolução do Produto Interno Bruto (PIB) em 2012, as previsões podem ser nada otimistas”, avalia o coordenador do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Santa Marcelina, Reginaldo Gonçalves.
Entre as medidas citadas pelo coordenador de Ciências Contábeis está o aumento da tabela do Imposto de Renda (IR)), cujo reajuste foi de 4,5% no ano, na comparação com os 6,5% da inflação. “Com o ajuste abaixo da inflação, o contribuinte passa a ter um ganho real fictício, se sua remuneração foi majorada”, comenta Reginaldo Gonçalves.
O estímulo para que as empresas presentes na informalidade para a formalidade, como o Simples Nacional, pode ser outra medida que pode afetar o impacto tributário neste ano, de acordo com o ponto de vista do especialista. “Isto inclui as empresas que estavam na informalidade, inclusive beneficiando as que estariam fora do Simples por não honrarem com os pagamentos dos tributos, a permitir que continuem na formalidade, mas com débitos parcelados”, comenta.
A terceira medida, de acordo com o coordenador Reginaldo Gonçalves, foi o fato de os governos estaduais irem na direção contrária da queda dos impostos, principalmente aqueles beneficiados pela redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). “O governo de São Paulo, por exemplo, está majorando o IVA [Índice de Valor Adicionado], que é aplicado indiretamente nos impostos devidos pelo consumidor, porém sobre aqueles que intermedeiam a operação, ou seja, o comércio em geral”, explica.
Segundo o coordenador do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Santa Marcelina, Reginaldo Gonçalves, com o aumento, o consumidor final pagará mais impostos e, certamente, aumentará a arrecadação. Em São Paulo, a medida atingirá todos os segmentos hoje obrigados a recolher os impostos por substituição tributária e deverá finalizar os reajustes até o final de julho do ano atual.
Fonte: DCI – SP