Governo reduz alíquota de importação de 100 produtos – 02/08/2013

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou hoje (1&deg) que o governo não renovar&aacute a elevação da tarifa de importação para uma lista de 100 produtos que tiveram a alíquota aumentada em setembro do ano passado. O ministro disse que ele e seu colega do Desenvolvimento, Indústria e Comárcio, Fernando Pimentel, decidiram que reeditar a elevação das taxas não á necess&aacuterio. &ldquoNo ano passado, a indústria brasileira estava sofrendo forte assádio de importações e o câmbio não era favor&aacutevel. Agora, temos condições de reduzir as tarifas para o patamar anterior&rdquo, disse Mantega. Os produtos atingidos pela decisão são insumos para a indústria de bens de capital. A partir de 1&deg de outubro, as alíquotas, que haviam sido aumentadas para patamares entre 14% e 25%, voltarão a vigorar de zero a 18%. Guido Mantega disse que a indústria do país est&aacute recuperada e pode enfrentar uma concorrência maior. A produção industrial vai bem. &ldquoTemos ao longo do ano quatro [meses] de crescimento e dois [meses] de crescimento negativo. Flutua mês a mês dependendo de dias úteis, fatores sazonais, mas est&aacute-se definindo claramente que haver&aacute crescimento da produção industrial. Podemos dizer isso, com metade do ano decorrido&rdquo, ressaltou, referindo-se ao período de janeiro a junho. O ministro destacou que o câmbio valorizado prejudica os produtos importados e favorece a indústria nacional. Por isso, não haveria necessidade de proteção à indústria mantendo o imposto de importação dos insumos em patamares elevados. &ldquoCom o câmbio que temos hoje, esse setor [a indústria] ganhou uma defesa natural&rdquo, declarou Mantega. Ele disse não acreditar em impacto da medida na balança comercial, que tem apresentado resultados deficit&aacuterios este ano. &ldquoA principal explicação para o resultado comercial menor á a conta do petróleo. Estamos importando mais e a Petrobras, provisoriamente, exportando menos. Mas vai aumentar e, daqui a pouco, voltaremos a exportar mais petróleo. Tirando o petróleo, o resultado comercial á normal. A mudança não preocupa com relação a deficit comercial&rdquo, disse. De acordo com Guido Mantega, o imposto de importação menor permitir&aacute a utilização de insumos mais baratos e a pr&aacutetica de preços mais competitivos pela indústria da transformação. &ldquoA tendência dessa medida á deflacion&aacuteria, para reduzir preços. Ou as indústrias do Brasil baixam o preço, ou haver&aacute uma concorrência internacional&rdquo, alertou. Apesar de admitir que o governo busca um impacto deflacion&aacuterio com a medida, o ministro disse que a inflação não á motivo de ansiedade para o governo. &ldquoA inflação est&aacute totalmente sob controle. Segundo o último índice que acompanhei, o IPC-S [&Iacutendice de Preços ao Consumidor Semanal] da FGV [Fundação Getulio Vargas], quase todos os itens estão negativos. [A inflação] est&aacute controlada, caindo para um patamar bastante baixo. Não foi por isso que tomamos essa medida, mas ela vai ajudar a baixar o preço&rdquo, destacou o ministro da Fazenda.
Fonte: Agência Brasil