Vendas das micro e pequenas empresas caem 17,7% na região – 06/05/2015

As micro e pequenas empresas do Grande ABC tiveram queda de 17,7% nas vendas durante o primeiro bimestre, o que significa prejuízo de R$ 867,2 milhões na comparação com o mesmo período em 2014. Os dados foram levantados pelo Sebrae-SP, a partir de pesquisa mensal sobre o faturamento das MPEs (Micro e Pequenas Empresas).
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O resultado foi ligeiramente pior que a média do Estado de São Paulo, que teve retração de 16,5%. Na avaliação de Pedro Gonçalves, consultor do Sebrae-SP, tanto as pequenas firmas da região como as do Estado sofrem os impactos da economia em desaceleração, além da inflação e dos juros altos, o que faz com que o consumidor coloque o pé no freio na hora de ir às compras. De fato, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) mais recente, de março, atingiu 8,13% nos últimos 12 meses, maior percentual desde dezembro de 2003, e a Selic subiu de 12,75% para 13,25% na semana passada.
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Nas sete cidades, o reflexo é um pouco mais intenso pela concentração maior de indústrias, principalmente na cadeia automotiva, que ainda sofrem com a diminuição nos pedidos após o fim do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) reduzido, em dezembro. “As empresas do setor metalmecânico venderam muito em 2013 e 2014, houve antecipação nas compras para aproveitar o imposto menor. Neste ano, sem o benefício, ocorreu uma refreada no consumo”, explica Gonçalves.
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Também contribuiu para que o faturamento fosse menor que o registrado nos dois primeiros meses de 2014 o fato de, neste ano, fevereiro ter tido dois dias úteis a menos devido ao Carnaval – que no ano passado caiu em março.
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Em fevereiro, na comparação com igual mês em 2014, a retração nas vendas foi de 23,8%, o que representou perdas de R$ 630,1 milhões. As MPEs do Grande ABC venderam, ao todo, em torno de R$ 2 bilhões. Na média estadual, a queda foi de 18%.
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Em relação ao desempenho de janeiro, houve alta de 0,6%, com ganhos de R$ 11,2 milhões. Segundo o consultor, o resultado se deve ao aumento de demanda natural após as férias coletivas das indústrias em janeiro, que diminuem a atividade.
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Fonte: Diário do Grande ABC