Os micro e pequenos empresários que antes tinham medo de crescer e acabar pagando mais impostos, estão prestes a ganhar uma folga.
Mudanças no regime tributário Simples prometem abraçar mais empreendedores. Hoje, para pagar mensalmente apenas R$ 45,40 de tributos, um Micro Empreendedor Individual (MEI) tem que faturar no máximo R$ 60 mil por ano. Se a nova lei for aprovada pela Câmara dos Deputados no dia 23 de agosto, quem ganhar até R$ 81 mil também poderá ter a carga menor. Já as pequenas empresas terão o limite ampliado de R$ 3,6 milhões para R$ 4,8 milhões.
O presidente do Sebrae nacional, Afif Domingos, comemorou a possibilidade dos pequenos terem mais tranquilidade para crescer, sem serem penalizados. Ele comemorou, principalmente, a redução de 20 para seis faixas de alíquotas, que variam de acordo com a receita terão reduzidas para seis. “Na verdade, nossa proposta era que o limite fosse estendido para R$ 7,2 milhões e começasse já em 2017, só que vai ficar para 2018”, destacou.
A analista do Sebrae Minas Ariane Vilhena explica que, quando uma pequena empresa fatura mais do que o limite e deixa o Simples, ela vai para o regime de lucro presumido ou real. “No setor de serviços, por exemplo, a alíquota do Simples é até 17,42% e o empresário paga sete impostos em uma única guia. Se ele for para o lucro presumido, serão até sete guias diferentes e uma alíquota de 20% sobre o faturamento. Para quem fatura R$ 4 milhões por ano, essa diferença significa muito”, explica. 
SIMPLES INTERNACIONAL
Programa ajudará a exportar
Gláucia Froes é dona da confecção Plural, que existe há 12 anos e exporta há dois. “Eu terceirizei uma empresa para me ajudar porque tudo é muito burocrático. Com esse Simples Internacional, espero conseguir fazer tudo sozinha. Se fosse para eu criar um departamento de importação e exportação, seria muito caro”, destaca a pequena empresária, que exporta 30% do que produz e está em 30 pontos de venda na Austrália.
Na avaliação do diretor executivo da Center Casas, Marcelo Nascimento, qualquer facilitação é positiva para fomentar os pequenos a exportarem. A empresa dele, há 20 anos no mercado, faz atualmente entre três e quatro casas de alvenaria por mês, no Brasil. Com o desaquecimento econômico, ele buscou alternativas internacionais e está na fase final da negociação de um contrato com o governo do Equador, para construção de 10 mil casas populares. “Confesso que achei que exportar fosse mais difícil”, diz. (QA)
Super MEI vai iniciar no ABC
Fonte: O Tempo