A inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) acelerou para 0,59% na segunda prévia de junho, depois de se situar em 0,41% no mesmo período do mês anterior, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador serve de referência para o reajuste de contratos, como os de aluguel. 
Enquanto a inflação cedeu no atacado, houve altas expressivas no varejo e na construção civil.
No atacado, a alta do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) abrandou para 0,35% na segunda medição de junho, após corresponder a 0,39% na parcial de maio. Os produtos industriais deixaram avanço de 1,07% para 0,60%. A deflação nos produtos agropecuários, por sua vez, foi menos intensa (-1,34% para -0,30%).
Enquanto minério de ferro, carne bovina, suínos e leite in natura pressionaram a inflação no atacado, milho, farelo de soja, café em grão, tomate e mandioca registraram queda de preços.
No varejo, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) passou de elevação de 0,52% para 0,75% da parcial de maio para a de junho, puxado por Despesas diversas (0,56% para 5,43%), sob influência do item jogo lotérico, que subiu 48,23%.
Subiram mais entre um levantamento e outro Alimentação (0,49% para 0,82%) e Transportes (0,05% para 0,14%). Tiveram mudança de direção os grupos Educação, leitura e recreação (-0,49% para 1,06%) e Comunicação (-0,04% para 0,12%).
Em contrapartida, com taxas positivas mais brandas, figuraram Saúde e cuidados pessoais (1,56% para 0,78%), Vestuário (0,96% para 0,20%) e Habitação (0,68% para 0,65%).
Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 1,67% na segunda leitura de junho, vindo de aumento de 0,30% em mesmo intervalo do mês anterior. O índice relativo a materiais, equipamentos e serviços teve elevação de 0,50% e o índice que representa o custo da mão de obra avançou 2,74%.
Fonte: Valor econômico