Empresários lotam plenário contra o aumento de impostos em MS – 04/11/2015

Na manhã desta terça-feira (3), representantes do comércio e dos produtores rurais lotaram o plenário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. Os setores se reuniram para protestar contra o aumento da carga tributária, sugeridos por dois projetos de autoria do governo do estado e que entraram hoje na pauta da casa. Estão em discussão o projeto &#160que eleva a alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Bens e Serviços) em produtos supérfluos e outro do ITCD (Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação).

“É um absurdo! Hoje a sociedade não aguenta mais imposto algum, estamos calejados. Não suportamos mais o modelo politico, o brasil está pedindo mudança. Esperamos do governador um mandato de gestão e não de confisco”, rebate o empresário, Francisco Maia.

O Deputado Marquinhos Trad afirmou que não acredita na justificativa de que o governo esteja sem dinheiro e ponderou que produtos de higiene pessoal e fraldas geriátricas não podem ser classificados como de uso supérfluo.

“Eu pediria a vocês, parlamentares, ao líder do governo, que nós pudéssemos fazer um estudo mais detalhado, com mais calma, pois um amento dessa natureza causa um movimento de preocupação. Talvez uma conversa pode amenizar as coisas. Se o aumento do ICMS passar, o comércio vai ter que repassar o imposto para o consumidor. Então, precisamos criar alternativas criativas, assim como nas campanhas”, sugere.

Para o o presidente da ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande), João Carlos Polidoro, ainda há esperança, “tentamos de forma direta conversar com o governador e não conseguimos. Agora esperamos que os parlamentares consigam conduzir esse diálogo. Ainda há esperanças de não passar o aumento proposto sobre o ICMS. A gestão tem que andar, não é hora de aumentar impostos. É hora de fomentar. O governo escolheu o caminho mais fácil para ele e o mais difícil para os comerciantes”, afirma.

No plenário, os empresários e produtores rurais seguravam faixas grandes que diziam “Chega de tributos, queremos ver retorno”, “Aumentar o ITCD é trair seu eleitor, vote não”, “Aumentar o ITCD é traição. Não esqueceremos”, “Não vamos pagar o Pato”, entre várias outras.

ICMS
Proposto pelo governo para aumentar a arrecadação, um dos projetos prevê aumento da alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Bens e Serviços) em produtos supérfluos, como bebidas alcoólicas de 25% para 27%, assim como de refrigerantes, cosméticos e fumo, de 17% para 20%.

ITCD
Considerado o mais polêmico, o projeto do Imposto Sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCD) &#160prevê faixa de isenção para imóveis até R$ 50 mil, e tributação progressiva, sendo cobrado 2% a propriedades até R$ 300 mil, 4% de R$ 300 mil a R$ 600 mil e a partir dos R$ 800 mil, a cobrança é de 8%. O executivo prevê o salto da alíquota em até 300%.

Em tempo
O projeto que prevê o aumento do ICMS e do ITCD não foi votado nesta terça-feira (3) e segue para as comissões. Parlamentares se comprometeram a promover uma reunião com o governador e discutir o assunto junto aos representantes dos setores.

Fonte: A Crítica de Campo Grande – MS

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