Dois terços dos deputados apoiam benefícios fiscais para transporte público – 10/01/2020

Mais de dois terços dos deputados federais são favoráveis a benefícios fiscais para o setor de transporte público coletivo urbano. No ano em que o Congresso pretende discutir a reforma tributária, 67% dos deputados afirmam ser favoráveis a algum tipo de benefício nessa área. Diferentemente, 28% dos parlamentares afirmaram ser contrários.

Os números fazem parte da mais recente pesquisa JOTA/Ibpad feita com deputados e divulgada na íntegra e de forma antecipada para clientes JOTA Pro. O JOTA já mostrou que 64% dos parlamentares se declararam favoráveis a benefícios fiscais para operações com alimentos e 66%, a benefícios fiscais para o setor de saneamento básico.

A pesquisa parlamentar do JOTA também mostrou que 71% dos deputados acreditam numa aprovação da reforma tributária no primeiro semestre deste ano. O JOTA fará, em 2020, uma cobertura especial da reforma tributária.

Nos próximos dias, o time JOTA Labs irá divulgar o apoio a benefícios fiscais em outros setores da economia, como medicamentos, educação, planos de saúde e bens do ativo imobilizado.

A maior proporção de favoráveis à concessão de benefícios fiscais está na oposição. Entre esse grupo, 81% se dizem favoráveis a benefícios para medicamentos, enquanto 19% são contra.

Na base governista e nos swing voters, a proporção de favoráveis é bem menor. Entre os deputados dos partidos da base, 62,2% são favoráveis e 37,8%, contra. Já entre o grupo de deputados classificados como swing voters pelo JOTA, 72,5% são a favor e 27,5%, contrários.

Em dezembro, foram ouvidos 155 parlamentares. A amostra foi estratificada por grupos de partidos (base, oposição e swing voters). O sorteio foi realizado antes da coleta e, posteriormente, o JOTA fez um modelo de pós-estratificação para garantir o balanceamento.

O JOTA acredita que, em uma população pequena como a de 513 deputados, fazer uma amostragem por ponto de fluxo, pegando deputados dispostos a responder nos corredores da Câmara, insere vieses não amostrais nos resultados. Por isso, o time de dados utiliza uma metodologia própria de amostragem e estratificação.

Fonte: JOTA