Diversificação aumenta lucro de empresários – 15/04/2013

Diversificação é a palavra de ordem para algumas empresas e empreendedores no mundo dos negócios, seja com o objetivo de ganhar mais em áreas de atuação diferentes ou na busca da redução do risco.
“Tem um ditado que diz que não é bom deixar todos os ovos num cesto só”, observa Bruno Cardoso, que é sócio da Mib Shipping, especializada em logística de transporte internacional e assessoria para exportação e importação, e do bufê infantil Dream Ville.
Ele conta que a empresa de logística, no mercado há sete anos, tem relação direta com a sua formação e a do sócio Leonardo Leonel Barbosa. “Somos da mesma faculdade, fizemos o curso de comércio exterior juntos”, diz.
Já o bufê, que abriu as portas em outubro do ano passado, foi fruto de uma análise de mercado.
“Percebemos que a região (em Nova Lima) é carente desse tipo de serviço. Além disso, procuramos nos diferenciar com brinquedos inovadores e a comodidade da localização. Estamos dentro de um shopping (Serena Mall), com a vantagem da segurança e do estacionamento”, ressalta o empresário.
Bruno afirma que pretende ingressar em outras áreas futuramente.
“Pensamos no segmento de alimentação. Só que agora temos que consolidar o nosso investimento nos próximos dois, três anos”, observa ele.
Cardoso frisa que sabe que há riscos de atuar numa área na qual ele e o sócio não são experts.
“Só que é preciso lembrar que boas ideias podem render bons negócios. O nosso perfil também
ajuda, eu e meu sócio somos empreendedores”, diz.
Compensação. O sócio-fundador da empresa Clamper, Ailton Ricaldoni Lobo, também é favorável à diversificação das áreas de atuação de uma empresa.
“Se um mercado focado numa atividade não vai bem, tem outro para compensar. Dá um certo conforto”, justifica.
Entretanto, o empresário observa que o trabalho para administrar aumenta e os custos também. “É preciso rever a estrutura da empresa”, diz.
Ele explica que a Clamper é uma empresa especializada na fabricação de dispositivos de proteção contra surtos elétricos e raios. Em 2003, a Clamper passou a atuar na área de nanotecnologia, desenvolvendo componentes químicos para acelerar reações.
“Criamos a marca Nanum. E não paramos por aí, a empresa passou a desenvolver soluções em segurança biométrica (leitores de digitais) para vários tipos de aplicações, de leitores de ponto para empresas a fechaduras especiais para hotelaria. Surgiu uma outra marca, em 2006, a Biometrus”, conta.
Lobo ressalta que o foco da Clamper, no mercado há 21 anos, é o desenvolvimento de tecnologias, mas, com o passar dos anos, a empresa foi ampliando seu campo de atuação.
“Eu acredito que a diversificação é uma tendência de mercado. Há grandes empresas fazendo isso”, conclui Ailton.
Fonte: O Tempo Online