O rali de fim de ano continua acelerado. No pregão desta quinta-feira, o Ibovespa bateu mais um recorde de fechamento ao subir 1,16% e encerrar em 117.203,20 pontos. Em dezembro, o índice deixou para trás os 115 mil pontos e já acumula alta de 8,29% no período – a maior valorização mensal desde janeiro, quando a Bolsa avançou 10,82%.
O índice andou na mesma direção das principais bolsas do mundo. Nos Estados Unidos, o S&P 500 avançou 0,36% e também bateu recorde de fechamento. Na China, o Shangai Composite subiu 0,85%. Na Europa, grandes bolsas como a de Londres e a de Frankfurt não abriram devido ao feriado de Boxing Day, marcado por liquidações pós-Natal.
Com a expectativa de que 2020 seja um ano positivo para a Bolsa, o mercado tem ajustado o portfólio para a entrada do ano. “O investidor está olhando para frente, fazendo alocação de recursos”, disse Luis Sales, analista da Guide Investimentos, Sales também comentou que há a expectativa de que as vendas de Natal tenham sido positivas, motivo que serviu de gatilho para ações de varejistas a terem bom desempenho nesta quinta. 
Fora do Ibovespa, os papéis da Guararapes, das lojas Riachuelo, subiram 3,75% e os das lojas Marisa, 3,44%. 
Dentro do índice, as ações da Qualicorp se apreciaram 4,73%, liderando as altas. No ano, o ativo acumula valorização de 195,73% e figura entre as melhores performances de 2019.
No entanto, foram as ações da Petrobras e dos bancos que ajudaram a puxar o Ibovespa para acima dos 117 pontos devido ao grande peso que elas têm na carteira teórica do índice. 
Os papéis da estatal seguiram a alta do preço internacional do petróleo e fecharam o dia no azul. Nesta quinta, a ação ordinária da Petrobras subiu 0,9% e as preferenciais, 1,34%. 
Entre os bancos, o destaque ficou com as ações do Santander, que se apreciaram 2,09%. Os papéis do Itaú, Bradesco e do Banco do Brasil avançaram 1,52%, 1,06% e 1,14%, respectivamente. Por terem maior liquidez, o setor é visto como uma das principais portas de entrada em caso de uma maior entrada de estrangeiros no mercado local. 
Por outro lado, os papéis da B3 pesaram contra o índice, recuando 0,47%. Na segunda feira (23), o ativo teve sua maior queda do semestre ao desvalorizar-se 4,54%. Para Luis Sales, no curto prazo, o papel ainda vai continuar sofrendo a pressão do processo de arbitragem que abriu espaço para a criação de novas bolsas de valores no Brasil, onde, atualmente, a B3 detém o monopólio. 
Apesar das recentes baixas, a perspectiva para a B3 ainda é positiva. Segundo Sales, a taxa Selic em 4,5% deve continuar beneficiando a ação da companhia. 
Fonte: Exame