Alta de PIS e Cofins pode elevar mensalidades de escolas em 6,17% – 18/04/2016

Um aumento de tributos federais planejado pelo governo na esteira do ajuste fiscal pode elevar em 6,17% as mensalidades em escolas e universidades particulares para o ano que vem. Essa alta, somente, pode impactar em uma redução de 13% na demanda de novos alunos.

O Ministério da Fazenda quer mudar a forma atual de cobrança do PIS (Programa de Integração Social) e da Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) para empresas prestadoras de serviços, o que atingiria escolas e universidades. A medida elevaria de 3,65% para 9,25% essa tributação.
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Os cálculos do impacto são do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação). A inflação não foi levada em conta.
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Caso o governo federal efetive a alteração, a alta dos tributos pode pressionar as instituições a demitir, segundo Rodrigo Capelato, diretor do Semesp, umas das entidades que representam o setor de ensino superior privado. “O setor não tem muito como compensar esses gastos e vai precisar achar alternativas”, disse Capelato, durante o Congresso Brasileiro da Educação Superior Particular.
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De acordo com divulgação do Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular, os técnicos do IBPT também calculam que será necessário corte de 26% dos gastos com folha.
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REIVINDICAÇÃO
A tributação diferenciada para a educação privada é uma reivindicação antiga do setor. “Somos tributados que nem motel e posto de gasolina”, reclama Amabile Pacios, da Federação Nacional de Escolas Particulares.
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As entidades vão intensificar a pressão sobre o governo e o Congresso. Elas não vislumbram uma mudança de postura nem mesmo com a possibilidade de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
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A projeção do Ministério da Fazenda é que a medida deva atingir 1,5 milhão de empresas. A arrecadação extra seria de R$ 50 bilhões para os cofres públicos.
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Fonte: Economia